quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal

Desejo a todos vós, familiares e amigos um santo e feliz Natal do Senhor, que o menino Jesus nasça no coração de cada homem e sejamos nós anunciadores desse grande dom, dar alegria ao mundo.
Felicidades do amigo Pe. Rui Pontes  

 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

DESAFIO: Criação de Logótipo 50 anos Paróquia da Visitação

Volto a relembrar que decorre o desafio da elaboração de um Logótipo dos 50 anos da Paróquia
Convida-se aos catequistas, catequizandos e a toda a comunidade no desafio de realizar um Logótipo com tema principal os 50 anos da Paróquia da Visitação, deste modo podendo caracterizar o ano festivo de 2011 com as bodas de ouro.


Entregue na Igreja ou então para: paroquiadavisitacao@gmail.com, identificado com o nome e contacto.

Estamos á sua espera

domingo, 5 de dezembro de 2010

A PRIMEIRA COMUNHÃO DE PIA

POSTAL DE NATAL 2010


Horário das missas semana 6/12 a 12/12

3ª Feira - (vespertina) Missa ás 17.30h
4ª Feira - Dia da Santa Imaculada Conceição Missa na Capela pelas 7h
Missa na Igreja pelas 9.30h
5ª Feira - Missa na Capela pelas 8.30h
6ª Feira - Missa na Capela pelas 8.30h 
Sábado - Missa na Igreja pelas 17.30h
Domingo - Missa na Capela pelas 7h
                  Missa na Igreja pelas 9.30h

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

MENSAGEM PASTORAL DO SR.BISPO - 50 ANOS DAS NOVAS PARÓQUIAS

Mensagem Pastoral de D. António Carrilho, Bispo do Funchal,
nos 50 anos da criação das novas Paróquias


Paróquia, Igreja em Missão


Foi no dia 24 de Novembro de 1960, precisamente há 50 anos, que o Bispo de então, D. David de Sousa, publicou um “Decreto sobre a actualização das Paróquias” da Diocese do Funchal, que entraria em vigor no dia 1 de Janeiro de 1961.

As deliberações nele expressas corresponderam, como ele próprio escreveu, a um longo estudo e diálogo, em diversas instâncias eclesiásticas e civis, sobre “as condições topográficas, as distâncias e a dispersão da população” e “a necessidade de levar a Igreja ao meio dos núcleos populacionais, a fim de lhes tornar fácil o cumprimento dos deveres cristãos e de lhes poupar grandes e constantes sacrifícios em caminhadas.” Nesse projecto foram também consideradas “as vantagens espirituais que podem provir do sensível alargamento do espírito de iniciativa, de realizações e de trabalho em geral por parte dum bom número de sacerdotes” de que a Diocese dispunha.

Como fruto deste “estudo sério e diligente”, D. David de Sousa houve por bem criar o Arciprestado de Câmara de Lobos, com as paróquias dos Concelhos de Câmara de Lobos e da Ribeira Brava, manter inalteradas 16 das 52 paróquias existentes e desmembrar as outras 36 em 50 novas paróquias, ficando assim a Diocese do Funchal com 102 paróquias, e estabelecendo-se para elas as respectivas sedes, limites e patronos.

Bem podemos nós imaginar a tarefa e o dinamismo pastoral que tais deliberações acarretaram para o povo cristão em geral e seus pastores, criando-se uma proximidade maior e um maior relacionamento entre as pessoas, ainda que nem sempre fácil pelos diversos condicionalismos das suas vidas. Muitos se empenharam na construção de novas igrejas, com espaços mais adequados à celebração da Eucaristia e dos outros Sacramentos, à celebração das festas tradicionais e dos respectivos patronos, à organização de associações, missões populares e outras formas de pregação e catequese.

Se é verdade que algumas das novas paróquias não conseguiram implantar-se e estruturar-se (hoje são apenas 96), a grande maioria desenvolveu-se com o

sentido e o espírito comunitário, que lhes era proposto. Como pensava D. David de Sousa, na Paróquia-Comunidade estaria “o futuro espiritual da Diocese”.

Passados 50 anos...

Passados 50 anos, fazemos memória deste corajoso acto pastoral de D. David de Sousa, olhando sobretudo e avaliando a vitalidade comunitária das nossas paróquias, o sentido da fé das suas manifestações religiosas, o compromisso missionário, social e caritativo que as anima. Conforme se foi reflectindo em reuniões de sacerdotes, nos arciprestados, e de outros responsáveis pastorais, nas suas instâncias próprias, de âmbito diocesano ou paroquial, as comemorações desta data jubilar constituem, sem dúvida, novos estímulos à renovação da nossa acção pastoral.

Há exemplos e factos do passado que, apesar das suas limitações e condicionamentos, são interpelativos para o presente, que se quer renovado no seu contexto social e religioso próprio, e a apontar caminhos novos, em que cada paróquia se assuma como verdadeira comunidade cristã, verdadeira “Igreja em Missão”.

A Diocese congratula-se com as celebrações e actividades comemorativas, já programadas e em realização em muitas paróquias, nos seus 50 anos de existência. Alegra-se, do mesmo modo, com outras iniciativas pastorais dos Arciprestados que passaram a contar com um maior número de paróquias, mercê daquele Decreto de 1960. As comemorações continuarão a fazer-se ao longo de todo o ano de 2011, aproveitando cada paróquia a data que mais lhe convier, nomeadamente o Dia do Santo Padroeiro ou da Dedicação da nova igreja ou de alguma festa local de maior significado e tradição.

Mas a Diocese, no seu todo, não pode deixar de bendizer e dar graças a Deus por tantas bênçãos recebidas ao longo destes 50 anos. Juntos, em Solene Eucaristia, no dia 30 do próximo mês de Janeiro, às 15.30 horas, na nossa Catedral, faremos justa memória do Bispo D. David de Sousa, lembrando as novas paróquias e as outras donde elas foram desmembradas. Desde já aqui fica o anúncio e o convite para esta grande Assembleia Diocesana, pedindo aos Reverendos Párocos que organizem, com os fiéis, a participação das suas paróquias, em conformidade com as orientações, que venham a ser estabelecidas.

Um projecto de comunidade

“Paróquia, Igreja em Missão” é o tema proposto para caracterizar um projecto de comunidade paroquial e diocesana, segundo o espírito e os documentos do Concílio Vaticano II, que importa reler, assimilar e pôr em prática. Há que retomar os ensinamentos do Concílio Vaticano II para redescobrir a sua riqueza de estímulos doutrinais e pastorais, completando-os com tantas outras mensagens do Magistério da Igreja, nomeadamente dos Papas Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.

Aponta-se, em síntese muito breve, para uma Igreja viva, participativa e interventiva, em corresponsabilidade de todos os fiéis, como comunidade alimentada pela Palavra de Deus, centrada na Eucaristia, comprometida na missão evangelizadora, sinal e presença do Amor de Deus no mundo, junto de todos e, em especial, dos mais pobres e carenciados.

Comunidade alimentada pela Palavra

Na sua recente Exortação Apostólica “A Palavra do Senhor” (Verbum Domini), escreve o Papa Bento XVI; “de facto, a Igreja funda-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive dela”; é ela “o próprio coração da vida cristã”, que temos de conhecer e amar cada vez mais (cf.nn.3 e 5). Nunca será demais acentuar a importância da paróquia, em ligação com as famílias, como o lugar privilegiado da catequese e da educação para a fé (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2226), onde se desenrola o itinerário da iniciação e da formação para todos os cristãos.

Como é importante, neste aspecto, valorizar e aperfeiçoar as formas de anúncio e contacto com a Palavra de Deus e todos os meios de aprofundamento e esclarecimento da fé!

Lembramos, concretamente, a leitura orante da Bíblia, individualmente ou em grupos; a proclamação bem preparada dos textos bíblicos, na liturgia; o valor da homilia e de todas as formas de pregação, quando acessível e adaptada às circunstâncias; o empenho numa catequese renovada, para todas as idades, como elemento de conversão e crescimento, que prepare os cristãos para uma opção de fé pessoal, aberta ao diálogo multicultural e ao discernimento dos verdadeiros valores, perante o impacto da cultura secularizada dominante.

Que poderemos fazer mais, nas nossas paróquias, em ordem ao conhecimento da Palavra de Deus e ao aprofundamento da fé? Seria útil lançar mais uma campanha para fazer chegar a Bíblia ou, pelo menos, o Novo Testamento a cada família?

Comunidade centrada na Eucaristia

Diz-nos o Concílio Vaticano II que a Eucaristia é “fonte e convergência de toda a vida cristã” (Lumen Gentium, 11). Ela aumenta a nossa união com Cristo e com os irmãos, inspira-nos e reforça os vínculos da caridade, é alimento espiritual para a peregrinação da vida de cada um de nós.

Como escreveu João Paulo II, “Igreja e Eucaristia interpenetram-se no mistério da comunhão, milagre de unidade entre os homens num mundo onde as relações humanas são, tantas vezes, ofuscadas pela estranheza, se não verdadeiramente dilaceradas pela inimizade” (Ao Conselho Pontifício para os Leigos, 23 de Novembro de 2002).

Como é importante ter presente esta centralidade da Eucaristia na formação e na participação na vida das comunidades paroquiais! Não será de relançar, neste momento de renovação, um especial esforço quanto à participação na Eucaristia Dominical, tornando-a verdadeira festa da nossa fé em Cristo Ressuscitado? A Eucaristia é o centro da vida cristã, seja o centro da nossa vida!

Comunidade comprometida na missão

O crescente pluralismo cultural e religioso, aliado a uma onda de secularização e indiferença, constitui um cenário que se vai alargando e atingindo muitos dos nossos ambientes, alterando práticas e costumes tradicionais. Cada vez mais a Igreja é chamada a uma nova cultura de evangelização, que vá para além de uma simples pastoral de manutenção (cf. Carta Pastoral da CEP, Para um rosto missionário da Igreja em Portugal, Junho 2010, n.3).

Que vemos nós, em cada uma das nossas paróquias? A Igreja chega a toda a população, integrada naquele território, ou conta, apenas, com um núcleo de participação habitual e com um grupo, mais alargado, dos que ainda pedem os sacramentos e participam nas festas? Não esquece, porventura, tantas outras pessoas que não têm contacto com as estruturas paroquiais ou a quem, por qualquer motivo, falta a fé ou uma fé viva e empenhada?

No presente contexto socio-religioso, cada comunidade cristã tem de colocar-se em espírito de missão, anunciando e testemunhando a alegria da fé na Boa Nova de Jesus Cristo, não se fechando nos espaços das igrejas, mas indo ao encontro dos outros, propondo-lhes caminhos de fé. Só um encontro pessoal com Cristo poderá levar alguém a fazer-se cristão! Como disse o Papa Bento XVI, a missão “parte do coração” e dirige-se ao coração, uma vez que são “os corações os verdadeiros destinatários da actividade missionária do Povo de Deus” (Porto, 14 de Maio de 2010).

Como mobilizar as nossas comunidades paroquiais para a missão e acção evangelizadora, na atenção e cuidado por todos os seus membros?

Comunidade solidária e fraterna

Quando numa paróquia existe verdadeiro espírito comunitário, as pessoas conhecem-se, interessam-se umas pelas outras, estão atentas às necessidades mútuas, ajudam-se nas situações difíceis. Ser comunidade cristã é sentir e promover a comunhão, viver a solidariedade e a fraternidade.

Será que cada paróquia conhece, aproxima-se e ajuda aqueles que, de facto, precisam de conforto espiritual e apoio material, para se erguerem e enfrentarem, com fé e coragem, os caminhos difíceis das suas vidas? Que mais se poderia fazer, de facto?

A verdade é que, na presente situação de crise económica e social bastante generalizada, a intervenção das instituições públicas nas suas competências próprias e necessárias, não pode dispensar a atenção e o cuidado de todos uns pelos outros. Passa por aqui o verdadeiro espírito de fraternidade, marca dos autênticos discípulos de Jesus. Ele próprio Se identificou com os mais necessitados de tudo, convidando os discípulos a acolhê-los e ajudá-los (cf. Mt 25,40).

Numa perspectiva mais alargada, dizia João Paulo II que há necessidade de fiéis leigos, que testemunhem a caridade e a solidariedade em todos os âmbitos da sociedade moderna. É verdade que os leigos têm, muitas vezes, uma relação individual mais próxima com certas situações de pobreza e outras carências menos visíveis, mas a comunidade não poderá deixar de se organizar, com os grupos de acção social e caritativa, que respondam às reais necessidades dos seus membros.

Muito têm feito as Conferências Vicentinas, a Cáritas Diocesana, os Centros Sociais Paroquiais e outras Instituições de Solidariedade. Ao mesmo tempo que o reconhecemos, perguntamos: - Que mais se poderá fazer, nas nossas paróquias, neste momento, que parece exigir redobrada atenção e capacidade de resposta?

Memória e gratidão

Conscientes de que a Igreja somos todos nós – Bispo, sacerdotes, religiosos (as) e leigos – ao fazermos memória da criação das novas paróquias, há 50 anos, elevamos também a Deus a nossa prece agradecida por todos aqueles que, vivos ou falecidos, de algum modo estiveram ligados à concretização do arrojado projecto de D. David de Sousa, empenhando-se na construção das novas igrejas e espaços pastorais, mas sobretudo na edificação de comunidades cristãs.

Vivendo o presente e olhando o futuro, saibamos responder aos apelos e interpelações da Igreja e da sociedade actual. Para a renovação das nossas paróquias fica o testemunho dos cristãos da primitiva comunidade de Jerusalém: “Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos (Palavra), à união fraterna (Caridade), à fracção do pão (Eucaristia) e às orações (...). Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da Salvação (Missão)” (Act. 2,42-47).

Que seja assim: “Paróquia, Igreja em Missão”!


Funchal, 24 de Novembro de 2010

† António Carrilho, Bispo do Funchal
(in http://www.diocesedofunchal.pt/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=1157&Itemid=132)